Jamais esqueço, era primavera
Ao cair a tarde de um dia qualquer
Te encontrei triqueira de doces meneios
Corpo de menina, misto de mulher
Mesmo não estando diante de meus olhos
Eu sempre sabia onde te encontravas
Não era difícil seguir os teus passos,
Pois nasciam flores onde tu pisavas,
(Refrão)
Mas foram breves os momentos de ternura
Com o sorriso e o fulgor dos olhos teus
Hoje o que resta é a saudade e o desencanto
Dimensionando a angústia desse adeus
Por que persiste essa tortura na minha alma,
Se há muitas eras se desfez o bem-querer?
Por que a saudade bate cascos no meu peito
E esta distância não me ensina a te esquecer?
Ainda bem que perpetuei no tempo
O doce momento em que te conheci,
Pois hoje o que resta é arranchar comigo
Os sonhos desfeitos, tudo que perdi,
Mas resta a esperança de rever-te um dia
Com teu riso meigo de uma brisa calma
Pra que vá embora, mesmo a qualquer preço
O calor aveso que gela minha alama
(Repete o Refrão)
Por que a saudade bate cascos no meu peito
E esta distância não me ensina a te esquecer?
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