Para desvirginar o labirinto
Do velho e metafísico mistério
Comi meus olhos crus no cemitério
Numa antropofagia de faminto!
A digestão desse manjar funéreo
Tornado sangue transformou-me o instinto
De humanas impressões visuais que eu sinto
Nas divinas visões do íncole etéreo!
Vestido de hidrogênio incandescente
Vaguei um século, improficuamente
Pelas monotonias siderais
Subi talvez às máximas alturas
Mas, se hoje volto assim, com a alma às escuras
É necessário que inda eu suba mais!
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