O silêncio pede a voz
Onde nada é o que parece
Nosso barco foge a rota
Rumo a qualquer lugar
De encontro às correntes do mar
Hoje a vida me chamou
Diz que fui longe demais
Já levamos tantos murros
Já cansei de tanto faz
Mas de novo a serpente lhe trai
Pois a vida lhe avisou
Já não é tarde de mais?
Farda, fogo, maca e tumba
Este aqui não serve mais
O novo a serpente me traz
Lá fora o tempo cresce
E no final traz sombra
Há dias não amanhece
Mas hoje o sol vai voltar
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