Tentando transparecer uma felicidade inerte
Dando as costas ao seu próprio abrigo
Abrindo as portas de um passado já longínquo
Deixando reviver estranhos sentidos
Convida a sentar-se à mesa o inimigo
Serve-lhe vinho, tratando como amigo
Corta a carne, serve no prato
Dando de comer o próprio intestino
Quem fechou o seu terceiro olho?
Negamos reconhecer que os corpos sujos da taberna
Trazem as chaves de um ser desconhecido
Fechando as portas pra um futuro tão antigo
Tentando escurecer os claros sentidos
Convida a sentar-se à mesa o inimigo
Serve-lhe vinho, tratando como amigo
Cedo é tarde
Perto é distante
Para eu me esconder em tantos semblantes
Quem fechou o seu terceiro olho?
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