Cavalgue nas sombras, perambulando além do enquadramento
Flutue como uma pena através do espaço-tempo, saído de um sonho
Pirueta com a divindade em uma dança que já compartilhamos antes
Dissolução do alguém, isso é eu sou tudo assim como não sou nada

Aqui nós voamos tão alto, não tem eu, não tem descida
Perda de peso ao que eu me desfaço
Tudo que restou se converge em um
Eu sou o Sol, eu sou o Sol, é

Eu sou um deus, eu estou desperto, eu sou aquele em tudo
Eu estou vivo, eu sou os mortos, eu sou um homem sem cabeça

(Eu sou um deus) eu caminho com a morte na expiração final
(Eu estou desperto) e desmorono através de uma separação violenta
(Eu sou aquele) mil pisos ascendem no Éter
(Em tudo) um lunático encantado pelo ceifador

(Eu estou vivo) e lá embaixo eu deixo um estranho caído sem vida (eu sou os mortos) ao que a luz começa a estilhaçar os céus
(Eu sou um homem) e eu ascendo e deixo para trás quem eu costumava ser
(Sem cabeça) e arranco o tecido que cobria meus olhos e vejo
Eu vejo (eu vejo)
Ninguém

Inspire o silêncio, vá e venha com as ondas
Borrão no espectro, na luz vem a escuridão na mesma medida
Tudo que eu já fui era e sempre será
Aqui eu termino como comecei novamente, além da morte e nascido no vento
Eu sou o Sol, eu sou o Sol, é

Eu sou um deus, eu estou desperto, eu sou aquele em tudo
Eu estou vivo, eu sou os mortos, eu sou um homem sem cabeça

Uma rachadura na escuridão, uma fenda no céu
(Eu sou aquele) um momento breve em que nós nos encontramos
(Em tudo) e a tudo que ocupamos
Retorne ao infinito, imerso na liberdade
(Eu sou um homem) abrindo mão ao que você perde o seu nome
(Sem cabeça) e tudo que você conhecia

Ninguém
Ninguém
Ninguém
Ninguém